O que esperar de um Conselheiro que representa os empregados?

Em breve teremos eleições para o Conselho de Administração da Sanepar, e para nós trabalhadores, ter um representante no conselho é uma reivindicação histórica e uma vitória para cada um de nós.

A luta das entidades sindicais e associativas dos empregados, foi decisiva para implementar esse instrumento que visa buscar uma gestão mais participativa e democrática. É nessa instância que são tomadas as decisões estratégicas para atuação da Companhia.

Nós como empregados também lutamos pelo sucesso da Sanepar, mas que este sucesso também chegue aos empregados, como reajuste dignos, um PPR justa e o fim das tentativas de tirarem nossas conquistas.

É papel do conselheiro em seu mandato eleito, fortalecer a mobilização da categoria e fazer a resistência contra o desmonte da empresa e a luta por melhores condições de trabalho.

A atuação deste conselheiro é fundamental, juntamente com as entidades representativas, os sindicatos, para denunciar o desmonte e fatiamento dessas instituições e mobilizar os trabalhadores contra as medidas de retirada de direitos implementadas pelo governo do estado e a própria gestão da Companhia, com por exemplo o fim da igualdade da divisão do PPR.

Também é valido lembrar que apenas 11% das mulheres no Brasil ocupam cargos em conselhos de administração.

O mandato de um conselheiro deve ser pautado por votos contrários a tudo que fere o papel social da Companhia e sua sustentabilidade como empresa estratégica para os avanços econômicos e sociais do nosso estado do Paraná.

Pela Lei o representante dos trabalhadores nos conselhos de administração das estatais, não podem participar de reuniões que deliberem sobre questões que tratam das relações de trabalho como salários e benefícios dos funcionários. No entanto, ao participar dos debates e decisões institucionais o conselheiro deve buscar pautar assuntos de interesse dos trabalhadores.

O conselheiro eleito, com apoio das entidades sindicais, é um elo da resistência ao projeto de sequestro dos direitos dos Saneparianos, e ele deve explicitar a visão dos trabalhadores, principalmente porque, se não é ele a fazer isso, muitos temas de interesse dos funcionários não seriam tratados pela administração da Sanepar.