Trabalhadores revoltados acusam Sanepar de egoísmo e mesquinhez ao usurpar direitos

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Uma onda de indignação varreu os funcionários da Sanepar nesta sexta-feira, 16 de junho, quando a empresa foi acusada de tratar os trabalhadores de forma egoísta e mesquinha durante a avaliação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Os funcionários expressaram sua revolta diante do tratamento injusto que recebem, alegando que a empresa puniu indevidamente sua assiduidade, resultando em penalizações descabidas.

A discussão acalorada teve início quando alguns trabalhadores revelaram que tiveram pontos descontados devido a faltas abonadas, que, para sua surpresa, foram consideradas faltas normais pela gerência e coordenação. Diante dessa revelação, Marco Santana, presidente do Sindael, convocou os trabalhadores a compartilharem suas experiências e os prejuízos sofridos devido a essa avaliação inadequada. Ele ressaltou a importância de compreender a magnitude e a gravidade do problema, visando uma possível ação conjunta com os sindicatos majoritários.

Um funcionário relatou ter perdido cinco pontos de assiduidade sem motivo aparente, assim como seu colega de trabalho. Outro trabalhador informou ter sofrido uma perda de 15 pontos simplesmente por ter mudado de horário, o que foi corrigido após revisão, mas ainda assim resultou em um prejuízo significativo.

Outro relato veio de um funcionário que teve uma falta abonada, solicitada e autorizada pelo gerente, considerada como falta comum, resultando em uma penalidade de 25 pontos na avaliação. Essa medida desumana acarretou em perdas irreparáveis. O PCCR, que deveria ser um indicador legítimo de progresso profissional se conduzida com honestidade, tem sido utilizada de forma arbitrária pela gerência, prejudicando o desenvolvimento e o reconhecimento dos trabalhadores.

“Somente aqueles que não tiveram nenhuma falta conseguirão alcançar uma pontuação mínima para receber um ganho real. As faltas abonadas foram tratadas como faltas comuns, mesmo sem implicar desconto do dia do colaborador. Estamos sendo cruelmente avaliados”, desabafa um funcionário indignado.

Em outro relato, um trabalhador denunciou que teve suas férias adiadas devido à pandemia de Covid-19 e, posteriormente, foi penalizado com descontos de 25 pontos em sua avaliação. É um cenário caótico que reflete a falta de empatia e o tratamento injusto perpetrados pela Sanepar.

Segundo Marco Santana, presidente do Sindael, “É uma loucura o que está acontecendo. A Sanepar pediu para o funcionário adiar suas férias por causa da pandemia e, quando ele finalmente tirou suas férias, descontaram 25 pontos dele”.

Diante dessa situação alarmante, alguns trabalhadores buscaram o sindicato para que medidas mais contundentes sejam tomadas, com a esperança de chamar a atenção da Sanepar para essa questão generalizada de assiduidade, que está sendo tratada de maneira extremamente injusta com os trabalhadores que se dedicaram durante a pandemia e tiveram suas faltas abonadas, mas agora estão sofrendo descontos no PCCR.

É importante ressaltar que esses relatos representam apenas uma fração dos funcionários que tiveram a coragem de expressar sua insatisfação. Muitos outros sofrem em silêncio, mas as reclamações estão se tornando cada vez mais frequentes, evidenciando a amplitude do problema.

“Não estou falando apenas das faltas abonadas. Para você ter uma ideia, eles consideram uma falta se o funcionário atrasar apenas um minuto durante um mês inteiro. Estão dando a impressão de que o aumento concedido no Programa de Participação nos Resultados (PPR) está sendo compensado com descontos no PCCR, deixando tudo praticamente na mesma situação do ano anterior”, desabafa um funcionário revoltado.

A sensação generalizada é de revolta diante da injustiça perpetrada pela Sanepar. Os descontos excessivos estão prejudicando os trabalhadores, que veem suas conquistas serem anuladas e seus esforços não serem reconhecidos.

Além disso, a falta de comunicação por parte da Sanepar também foi destacada como um problema recorrente. Os funcionários lamentaram não terem sido informados previamente sobre as penalizações e a necessidade de compensar as horas não trabalhadas.

Além das críticas à avaliação do PCCR, os trabalhadores consideram o novo plano uma vergonha em todos os aspectos, argumentando que não avalia adequadamente os funcionários e apenas aumenta a desigualdade entre eles.

Diante das manifestações de insatisfação, diversos membros concordaram que o sindicato precisa intervir para resolver a situação. Acredita-se que a análise conjunta desses casos permitirá uma ação mais efetiva e a defesa dos interesses dos trabalhadores da Sanepar.

Vários funcionários solicitaram ao sindicato que tome medidas firmes, inclusive decretando paralisações diárias nos postos de trabalho, até que a questão seja resolvida.

O Sindael oficiou a empresa e aguarda um posicionamento, cobrando ações imediatas para corrigir as injustiças cometidas contra os trabalhadores.

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