Sanepar: Se tentar privatizar iremos parar!
O Coletivo Sindical da Sanepar, composto pelo Sindael e outros sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia, intensificou sua mobilização contra os rumores de privatização da empresa pelo governo Ratinho Jr. No próximo dia 11 de dezembro, será realizada uma assembleia com todos os trabalhadores para definir estratégias de enfrentamento e votar a proposta de estado de greve caso o projeto avance.
Os rumores indicam que o governador Ratinho Jr já teria um projeto de privatização da Sanepar pronto para ser votado na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
Privatização é um golpe contra os trabalhadores
O presidente do Sindael, Marco Santana, alerta que a privatização representaria um duro golpe para os trabalhadores e para a qualidade dos serviços prestados à população. Segundo ele, experiências em outros estados mostram que esse tipo de processo resulta em cortes de empregos, aumento da terceirização, precarização das condições de trabalho e até mesmo na piora do atendimento ao público devido ao sucateamento.
“Privatizar é penalizar os trabalhadores e o povo. Sabemos que isso traz demissões, reduz direitos, piora a qualidade dos empregos e enfraquece o serviço público. O lucro passa a ser prioridade, enquanto a população e os funcionários sofrem as consequências,” afirmou Marco.
Ele também destacou que, com a privatização, a Sanepar correria o risco de ser desmantelada, com redução da capacidade de atender as demandas essenciais de saneamento e abastecimento de água, “o que está em jogo é o direito da população a um serviço essencial. Água não pode virar mercadoria,” disse.
Articulação política e mobilização
Além da assembleia de estado de greve, o Coletivo Sindical está se mobilizando para atuar junto aos deputados estaduais, cobrando transparência e compromisso com o interesse público. Representantes dos sindicatos irão aos gabinetes dos parlamentares para exigir um posicionamento firme contra a privatização.
“Os deputados precisam mostrar de que lado estão: do povo ou das empresas que só querem lucrar,” reforçou Marco.
Estratégia de resistência
Na reunião realizada nesta quinta-feira (28), os dirigentes sindicais destacaram que o momento exige unidade e participação ativa dos trabalhadores.
Ainda segundo Marco Santana “essa luta não é apenas pelos nossos empregos, mas pelo direito de cada paranaense a ter acesso a serviços de qualidade. Precisamos estar juntos, organizados e prontos para agir”.