Após repercussão negativa, Ratinho Jr e Wilson Bley negam privatização da Sanepar

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Na tarde de ontem, 29 de novembro, o governador Ratinho Jr. emitiu uma nota pública, às 14:15, na qual, de maneira simplória e cínica, negou qualquer intenção de privatização da Sanepar. Alegou, de forma leviana, que as informações sobre esse processo seriam meros rumores de sindicatos, uma tentativa de desinformação.

Contudo, é inegável que os sindicatos e o Sindael, como entidades sérias e responsáveis, não se guiam por boatos especulativos. Eles agem com base em fatos concretos e informações que, muitas vezes, vêm diretamente de dentro do governo estadual, de deputados aliados ao governador e de setores interessados na privatização.

A tentativa de mascarar o claro movimento privatista de Ratinho Jr. não convence ninguém. É evidente que o governador, desde que assumiu o cargo, tem adotado uma postura de venda das riquezas e ativos essenciais do Paraná. Não é de hoje que ele segue a linha de reduzir o papel do Estado, entregando a iniciativa privada serviços essenciais à população.

Em recente evento, Ratinho Jr. não teve pudor em afirmar: “Essa é uma visão minha de governo e de sociedade, do estado ser o menor possível e trazer a iniciativa privada para poder prestar serviços para a população. Eu não tenho vergonha nenhuma em defender privatizações, concessões, PPPs [Parcerias Público Privadas], sendo que o Paraná foi o Estado que mais fez concessões, privatizações e PPPs no Brasil.”

Nos últimos anos, o Paraná viveu sob uma sanha privatista promovida pelo governo de Ratinho Jr. Empresas públicas essenciais, como a Sercomtel, Copel Telecom e até o Parque Estadual de Vila Velha, foram entregues à iniciativa privada, sempre com a justificativa de “modernizar” e “melhorar a gestão”. Agora, o alvo é a Sanepar, um dos maiores patrimônios do povo paranaense, responsável por um serviço fundamental que, se privatizado, comprometerá diretamente o acesso da população à água e ao saneamento básico.

O impacto do anúncio informal sobre a possível venda da Sanepar foi tão grande e negativo para a companhia, que o próprio presidente da Sanepar, Wilson Bley, teve que emitir um áudio para desmentir a especulação.

O áudio, que circula nos grupos de WhatsApp dos empregados da empresa, foi uma tentativa do presidente de apaziguar a revolta interna. Nele, Bley afirma: “De uma forma irresponsável foi sendo tratado o tema da privatização”, destacando o tom alarmista e a desinformação que cercam o assunto. Ele ainda segue dizendo que se tratava de “uma notícia falsa plantada num blog dizendo que havia por parte do governo a privatização da Sanepar, isso é uma mentira”, e acrescenta: “Pra comprovar que é mentira, o estado do Paraná, o governo do Paraná, fez uma nota oficial dizendo que não há interesse nenhum na privatização.”

É importante ressaltar que a única razão pela qual o governador sentiu a necessidade de emitir essa nota foi a pressão exercida pelos sindicatos e o apoio popular, que têm atuado incansavelmente para barrar mais essa tentativa de privatização.

Graças à mobilização popular e à força dos trabalhadores organizados, a venda de um ativo tão essencial para o povo paranaense foi momentaneamente contida.

A luta contra a privatização da Sanepar é uma questão de interesse público e de justiça social. Não podemos permitir que, mais uma vez, os paranaenses sejam prejudicados em nome de interesses privados que visam apenas o lucro, enquanto o povo fica à mercê de uma gestão ineficiente e descomprometida com os verdadeiros direitos da população.

A Sanepar não pode ser mais um “negócio” entregue à iniciativa privada.

O Paraná exige respeito e dignidade, e o Sindael e demais sindicatos estarão vigilantes para garantir que isso não aconteça.

Comments
  • É OBRIGAÇÃO DO ESTADO INFORMAR A POPULACAO EOS FUNCIONARIOS SOBRE OS PASSOS DA AD. PUBLICA, PRINCIPALMENTE EM RELACAO A PRIVATIZACAO DA SANEPAR. EXIGIMOS RESPEITO, POIS OSAPARATOS DO ESTADO NAO SAO DE UM GOVERNO, SAO SIM DO POVO.

  • Obrigado cumpanheirus do sindicato, mais uma vez salvando os trabalhadores, se não fosse sua rápida ação com certeza esse projeto estaria sendo votado na próxima semana.

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