PCCR da Sanepar: De plano de carreira a instrumento de assédio institucional
A insatisfação dos trabalhadores da Sanepar com o PCCR atingiu um ponto de crise alarmante, agora o plano que sempre foi injusto e falho, se tornou uma ferramenta de demissão.
Não é de hoje que o Sindael vem denunciando este PCCR, e no apagar das luzes de 2025 marca uma escalada na crise: A aplicação do PCCR, para demissões.
Em 2024, a insatisfação crescente dos trabalhadores da Sanepar com o PCCR atingiu níveis críticos. As queixas envolveram avaliações de desempenho injustas, subjetivas e sem critérios claros.”
Já em junho de 2025, o presidente do Sindael Marco Santana se reuniu com a diretoria da Sanepar para apresentar um dossiê, resultado de uma ampla enquete realizada com os trabalhadores, para cobrar providências urgentes quanto ao modelo do PCCR.
A pressão surtiu efeito momentâneo, a empresa reconheceu falhas no sistema de avaliação e comprometeu-se a rever os critérios e métodos atualmente aplicados.
No entanto, após ouvir as reclamações dos trabalhadores e dar razão ao Sindael, a Sanepar nada fez para mudar o plano, mantendo as distorções e injustiças, e prejudicando os trabalhadores em suas avaliações.
Mas a denúncia mais grave veio à tona recentemente: a Sanepar estaria usando o PCCR para fins punitivos, transformando o que deveria ser um plano de ascensão em uma carta branca para demissão e pressão nos trabalhadores.
Diversos trabalhadores relataram ao Sindael que vêm recebendo processos administrativos que constam que a “condição disciplinar imposta ao trabalhador… decorre do PCCR” e que o profissional que tiver três notas negativas dentro do programa, ele poderá ser demitido caso não faça sua defesa de forma coerente ou justifique essas avaliações.
Segundo Marco, “como se não bastasse este perverso e malfadado PCCR, agora chega relatos de que a Companhia estaria usando o PCCR para justificar demissões, a Sanepar tenta descartar os trabalhadores e isso não podemos aceitar.”
O Sindael está investigando todos os trabalhadores que foram ou estão sendo alvo de processo disciplinar, analisando caso a caso e reafirma que o PCCR não foi feito para ser uma carta branca para demissão.
A Sanepar precisa respeitar seus empregados e as entidades sindicais.



