Empregados da Sanepar aprovam estado permanente de greve
Em assembleia realizada nos dias 11 e 12, os trabalhadores da Sanepar, representados pelo Sindael, enviaram um forte recado ao governador Ratinho Jr.: não aceitarão, de forma passiva, qualquer tentativa de privatizar a empresa.
Mais de 90% dos empregados aprovaram a adesão ao estado permanente de greve. Na prática, isso significa que o sindicato está autorizado a organizar paralisações a qualquer momento, caso o governo avance com iniciativas de venda da Sanepar.
Para Marco Antônio, presidente do Sindael, a aprovação demonstra a insatisfação dos trabalhadores diante da possibilidade de privatização. “Se o governador vender a Sanepar, estará cometendo um estelionato eleitoral. Muitos trabalhadores confiaram nele justamente porque ele prometeu não vender a empresa,” destacou.
Os números também refletem a posição unânime dos trabalhadores: mais de 90% são contra qualquer iniciativa de privatização da Sanepar.
Experiência negativa em São Paulo
O alerta também vem de exemplos recentes. Em São Paulo, a privatização da Sabesp trouxe sérios prejuízos à população. Os novos gestores da empresa anunciaram cortes em programas sociais, alegando que “não é papel da empresa fazer social”. A medida resultou em aumento das desigualdades e no impacto negativo para as comunidades mais vulneráveis.
Os trabalhadores da Sanepar reafirmam o compromisso de lutar para que a empresa continue pública, garantindo não apenas empregos, mas também o acesso democrático à água e ao saneamento.