Centrais Sindicais convocam dia de luto e de lutas para 7 de agosto
Os trabalhadores e os mais pobres são as principais vítimas da COVID19. Estamos próximos de alcançar a marca de 90 mil mortes e, pelo andar da carruagem, em 7 de agosto, serão cerca de 100 mil brasileiros que tiveram as vidas ceifadas pela pandemia. Para além da desgraça da perda de vidas humanas e da devastação que atinge as famílias, os amigos e a sociedade em geral, o impacto econômico é enorme, aprofunda-se a recessão, o desemprego, a quebradeira das empresas, especialmente das micro e pequenas que são as que empregam a maioria do povo trabalhador, fatos que se tornam mais dramáticos conforme a pandemia demora a ser debelada.
É preciso dar um basta! Não é possível convivermos e naturalizarmos a morte de mais de 1000 pessoas por dia, consequência da completa paralisia do governo federal frente à pandemia e suas gravíssimas consequências. Mesmo no âmbito dos estados e municípios, que mais tem se responsabilizado pelo enfrentamento da pandemia, as atenções estão voltadas fundamentalmente para evitar o colapso do sistema de saúde que para preservar vidas e debelar a contaminação. Parece que enquanto houver vagas disponíveis nas UTIs. é “suportável” ou “natural” a perda de vidas. Daí a adoção de medidas de relaxamento do combate à pandemia que tem nos levado a conviver com um platô de mais de 1000 mortes/dia e sem prazo para arrefecer.
As centrais sindicais estão convocando para o 7 de agosto próximo, um Dia Nacional de Luto e de Lutas quando os sindicatos deverão promover greves, paralisações, protestos, atividades presenciais e remotas, sempre usando a criatividade e respeitando os protocolos de proteção da saúde e segurança, para exigir a adoção de medidas eficazes por parte dos governos para debelar a pandemia e retomar a atividade econômica e social em patamares apropriados e com negociação com os sindicatos e trabalhadores.
Pedimos que cada sindicato, federação e confederação filiada, assim como as direções estaduais da Força Sindical, adotem as medidas para, de acordo com as possibilidades de cada um, realizarmos um grande e nacional Dia de Luto e de Lutas em 7 de agosto.
Recebam nossas saudações sindicais.
Atenciosamente,
Miguel Eduardo Torres
Presidente da Força