Análise e parecer da proposta de ACT enviada pela Sanepar: Proposta Recusada!

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Como Presidente do Sindael, é meu dever informar os membros e interessados sobre a recente proposta do Acordo Coletivo 2024-2025 apresentada pela Sanepar. Esta análise detalha nossa posição diante da proposta, que foi cuidadosamente avaliada por nós e nossa equipe jurídica.

A proposta da Sanepar sugere um aumento salarial do INPC acrescido de 1% de ganho real para quem ganha até R$ 3.778,07. Para salários acima desse valor, apenas a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor é oferecida. A maioria dos nossos membros, especialmente os da classe operacional, se enquadra na faixa salarial de até R$ 3.778,07. A análise dessa faixa revela que o acréscimo de 1% equivale a apenas R$37.

No entanto, a proposta também inclui a remoção de um benefício crucial: o reforço alimentar, que beneficia principalmente a categoria operacional, responsável por esforços físicos significativos. Na prática, a Sanepar está oferecendo um aumento de 1% enquanto retira um benefício de R$170,00. Isso representa um retrocesso, pois, apesar do ganho real de 1%, a retirada do benefício alimentar resulta em uma perda líquida significativa para os trabalhadores.

Para compensar a retirada do reforço alimentar, a empresa propõe uma “ajuda de custo para atividade” no valor de R$4.000. Este valor, dividido ao longo de dois anos, aparentemente visa manter o valor equivalente ao benefício retirado. No entanto, essa “ajuda” não cobre efetivamente a perda do benefício de reforço alimentar a longo prazo.

Portanto, concluímos que a proposta da Sanepar é inaceitável. Ela falha em atender às expectativas de todos os trabalhadores, tratando-os de maneira desigual. A proposta não apenas discrimina contra certos grupos de trabalhadores, mas também ignora o princípio de igualdade que deve ser fundamental em qualquer acordo coletivo. O termo “coletivo” implica inclusão e equidade, algo que esta proposta não oferece.

Nossa posição é clara: não podemos aceitar uma proposta que discrimina contra qualquer segmento de nossa força de trabalho e que, no geral, reduz os benefícios ao invés de melhorá-los.

Continuaremos lutando por um acordo justo, que respeite os direitos e as necessidades de todos os nossos trabalhadores, e que reflita o valor do trabalho árduo que cada um realiza.

Marco Santana, presidente do Sindael.

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