Sindael X Sanepar= MPT Paraná. Em audiência justiça da 15 dias para resolver o PPR.
Na manhã de hoje (13/05) o Sindael esteve em audiência com a Sanepar para tratar das negociações do PPR. A audiência foi intermediada pelo Exmo. Procurador do Trabalho, Dr. Alberto Emiliano de Oliveira Neto.
Na audiência o Sindael, representado pelo seu presidente Marco Antônio de Paula Santana expôs ao procurador os empecilhos que estão dificultando a assinatura do PPR. A Sanepar tem tentado vincular o PPR de 2020 ao de 2021, algo que o Sindael e os demais sindicatos majoritários da Sanepar não querem, nas palavras do presidente do Sindael, “não da para assinar um Acordo Coletivo de PPR de olhos vendados, e pior ainda vinculando o PPR de um ano ao outro”.
Tentando meios de se justificar, os representantes da Sanepar apresentaram que houve melhorias nos índices, para pagamento de PPR, que aumentou em cerca de mil reais o PPR deste ano, e ainda apresentaram a justiça outras reivindicações que foram aceitas pela companhia.
Novamente o Sindael reiterou que é apenas o fato de vincular os dois PPR´s que estavam travando as negociações. Entretanto causou estranheza ao sindicato, as palavras dos representantes da Sanepar, que apontaram que os trabalhadores que estavam querendo a aprovação de dois anos. Preocupa o Sindicato pois não é a empresa que deve tratar com os trabalhadores, e sim o Sindicato.
Questionados pelo Advogado do Sindicato, Dr Gervásio Luís, se a companhia havia realizado assembleias com os trabalhadores, os representantes da Sanepar disseram que não, que apenas tinha “ouvido falar”.
Mas temos idéia de como pode ter sido isso, não é de hoje que vemos fatos similares. Documentos de tratativas entre sindicato e empresa, como por milagre “aparecem nas mãos” dos trabalhadores.
A Sanepar ainda afirmou que desta forma seria mais transparente com os trabalhadores, ora, a companhia falar em transparência? Vamos refrescar a memória dos trabalhadores, em 11 de fevereiro enviamos a Sanepar o Of. n. º 06/2021, questionando o numero de trabalhadores em Home Office: Não foi respondido.
Embora não há como provar, e sim apenas suposições, o fato dos seus gestores e encarregados, e solidariamente a Companhia, questionarem os trabalhadores sobre negociações coletivas, induz o sindicato a pensar na velha e criminosa pratica do assedio moral. De outra forma não teria como os gestores saberem da opinião individual dos trabalhadores.
Lucidamente o Exmo. Procurador do Trabalho, Dr. Alberto Emiliano de Oliveira Neto, questionou o sindicato da opinião dos trabalhadores e se havia sido realizado assembleia, a qual foi negado, afinal o Sindicato ainda está na fase de chegar a um melhor e mais seguro PPR dos trabalhadores.
Questionado se a companhia aceitaria assinar o PPR apenas de um ano, os representantes da empresa pediram um prazo, que o Procurador do Trabalho acatou, e orientou o Sindael a consultar os trabalhadores sobre o PPR de um ou dois anos.
O Sindael concordou com as propostas da justiça, mas ressaltou que não é apenas um sindicato que negocia com a Companhia e sim um coletivo, e que irá deliberar com os demais sindicatos sobre esta questão.
Assim, foi dado um prazo de 15 dias para ambas as partes se manifestarem. O Sindael irá se reunir com os demais sindicatos para avaliar como proceder, ressaltando que a assinatura de um PPR antes do prazo é prejudicial, pois coloca em risco o próximo. Se neste ano recebemos pouco mais de 10 mil reais, e ano a ano o valor vem caindo, não é prudente assinar antecipadamente.