Sanepar PPR: Vergonhoso !!!
Lastimável e vergonhoso: Na opinião do presidente do Sindael, Marco Antônio, “é lastimável, que a Sanepar não veja o esforço e sacrifício dos trabalhadores, em meio a pandemia, com muitos em casa, outros demitidos pelo PAI, muitos trabalham 12 horas por dia, eles se sacrificam pela empresa, dão o sangue e não são valorizados, mesmo correndo riscos de se infectarem com a Covid-19 para atender o povo, mesmo correndo riscos de contaminarem todas as famílias, a Sanepar quer tirar o “sangue” dos trabalhadores e sequer tentam disfarçar”.
Quando falamos que a Sanepar não dá importância para o trabalhador, tem muita gente que nos tacha de radicais, de exagerados, de que acusamos a empresa injustamente… Pois bem, hoje (08), durante a reunião dos Sindicatos Majoritários, Sindael e da comissão sindical com a empresa, a Sanepar deu mais uma demonstração de que temos razão nas nossas críticas. De que sim, a empresa simplesmente não está nem aí para aquele que é o verdadeiro responsável por ela funcionar; que ela não tem reconhecimento nenhum por aquele que, com seu suor diário, fez com que a empresa tivesse lucro de quase R$ 1 bilhão em plena pandemia no ano passado.
Para o presidente do Sindael Marco Antônio de Paula Santana, “novamente, e de forma vergonhosa a Sanepar frustrou as expectativas da categoria na reunião de apresentação do PPR, apesar do já flagelado discurso de valorização e reconhecimento dos trabalhadores, a direção da Sanepar apresentou números profanos para pagar os trabalhadores, um valor aquém do mínimo esperado, e para piorar a situação de forma gatuna disseram que irão manter a lógica imposta pelo usurpador de direitos do Paraná, o Governador Ratinho Jr, da proporcionalidade na distribuição dos lucros baseada na remuneração, o que privilegia os altos salários”.
Ora, apresentar o valor de apenas R$ 9.183,09, para o pagamento do PPR 2020, diante do lucro obtido no ano passado é praticamente falar para o trabalhador que ele não vale nada para a companhia. Questionada sobre o valor, já que o certo para o trabalhador receber é aproximadamente R$ 12 mil, levando em conta o lucro da empresa, o montante destinado aos acionistas e o percentual de 25% para o trabalhador, a empresa respondeu de que os R$ 9 mil derivam do zeramento das metas e também porque desvinculou o valor distribuído para os trabalhadores do valor distribuído para os acionistas.
No começo desse ano, através de uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná, ficou determinado que as empresas estaduais não mais precisam vincular a distribuição do PPR dos trabalhadores com a distribuição dos lucros dos acionistas, ou seja, o percentual de 25% obrigatório para distribuição aos trabalhadores deixou de existir. No lugar, a empresa pegou a mesma proporção de valor do PPR distribuído no ano passado e atrelou para o lucro líquido o percentual de 7.65% tanto para o PPR desse ano, como para o do ano que vem.
Ainda segundo Marco Antônio, “os representantes da Sanepar não apresentaram nada que seja favorável aos trabalhadores e insistiram com a falácia de que a proposta da Companhia é justa, nem é preciso forçar a memória para constatar o que todos os saneparianos sabem na ponta da língua, esta seria a pior proposta de PPR de todos os tempos, uma vergonha, principalmente vinda de uma diretoria que prometia mudanças na Sanepar, uma vergonha”.
Em relação aos indicadores, uma palhaçada. Um deles refere-se à satisfação do consumidor. Ora, é claro que a população está na bronca. Estamos numa crise hídrica, com falta de chuva, falta d’água, no meio de uma pandemia. É claro que a população não está satisfeita. Mas todas essas situações não tem nenhuma relação com o sanepariano, que, independentemente disso tudo, executou sua função com dedicação. Há não ser que a diretoria da Sanepar quer que o trabalhador comece a fazer dança da chuva….
Enfim, sabemos que usariam justificativas sem sentido para rebaixar o PPR. Não nos espanta o comportamento dessa diretoria que está aí. Seu comportamento de que despreza o trabalhador já ficou evidente ao longo do último ano… É sorrisinho pela frente e faca nas costas por trás. Falam, falam de valorização do trabalhador, mas na hora do pega pra capar é essa vergonheira apresentada na mesa de negociação hoje. É fato: o Sr. Claudio Stábile caminha forte para ser lembrado como o pior presidente da história da empresa. Não é com prazer que falamos isso. Mas quem está pavimentando esse caminho é ele.
Na reunião mesmo já deixamos claro de que não concordamos com o valor e que viemos para a mesa de negociação com o intuito de construir uma proposta decente e condizente com o que o trabalhador merece. É preciso que a Sanepar tenha bom senso.
PPR 2021
Sobre o PPR 2021, com o fim do percentual obrigatório de 25% do lucro, a empresa pretende manter os mesmos 7,65% desse ano, porém, diz que não se compromete com o percentual para os próximos anos. Quer deixar solto, aberto para ser negociado ano a ano. Proposta que é vista com reserva pelos Sindicatos pois não traz nenhuma garantia para o trabalhador. Se aceitarmos isso agora, pode chegar ano que ela vai querer pagar 2% e aí? É preciso estipular já um piso como garantia e é isso que pretendemos fazer.
De forma descarada, a Sanepar ainda tentou passar o facão dizendo que não vai mexer na questão na distribuição igualitária nem esse ano, nem do ano que vem, já que a distribuição igualitária deixou de ser obrigatória graças a sacanagem do jabuti protagonizada pelo governo do Estado junto com a Assembleia Legislativa, no final do ano passado. Foi desmascarada de forma veemente pelo presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin, que mostrou que estão fazendo isso não porque se importam como trabalhador, mas porque a lei que acabou com o PPR linear só passa a valer a partir de 2023.
“O que precisamos construir é uma segurança há partir de 2023 e para os demais anos. Na reunião, a empresa escancarou suas intenções de desmontar as garantias dos trabalhadores em relação ao PPR e pagar o quanto menos nos próximos anos. Uma postura vergonhosa de uma companhia que só é o que é graças somente ao trabalhador. Não vamos aceitar isso de cabeça baixa. Ou nos mobilizamos agora ou pagaremos caro no futuro”, diz o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin.
A comissão sindical, formada pelo Sindael e demais Sindicatos, vão esperar a empresa enviar a minuta oficial com a proposta para sentar e debater a estratégia a ser adotada. Chega de desvalorização.
Tá certo tamos juntos… vamos lutar pelos direitos que tem ser melhorados embora a realidade é que a empresa não dá mínima para o trabalhador..