Sanepar inicia estudos para definir reajuste após meses de negociação

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Após meses de negociações estagnadas, a Sanepar finalmente anuncia estudos para embasar nova proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com base no INPC.

Em uma reviravolta aguardada há meses pelos seus empregados e entidades sindicais, a Sanepar comunicou na tarde desta terça-feira, 12 de março, que está realizando estudos técnicos para formular uma nova proposta de Acordo Coletivo de Trabalho que atenda, ao menos minimamente, às expectativas de seus funcionários.

A iniciativa, que chega tardiamente, ocorre após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, marcando um acumulado de 3,86% nos últimos 12 meses.

O índice, essencial para as negociações de reajustes salariais e benefícios, parece ser o alicerce da nova proposta que a companhia promete apresentar. Em comunicado oficial, a Sanepar afirmou que, baseando-se no INPC, pretende refletir com precisão a realidade inflacionária do país em sua próxima proposta, reconhecendo a importância de adequar salários e benefícios à perda do poder aquisitivo dos empregados.

Esta mudança de postura ocorre após meses de negociações tensas, iniciadas em novembro de 2023, e é vista com uma mistura de esperança e ceticismo pelo Sindael pois o atraso da empresa em realizar estudos salariais relevantes demonstra que ao contrário das falas e documentos da empresa, a valorização dos empregados não é prioridade.

Além disso, há uma apreensão no ar causada por rumores de que a nova proposta da Sanepar possa não diferir significativamente da anterior, apesar do anúncio de revisões baseadas no INPC. Essas informações, supostamente vazadas antes da conclusão dos estudos, levantam questionamentos sobre a integridade do processo negociatório da companhia e o respeito aos seus empregados e sindicatos.

“É crucial que a proposta a ser apresentada reflita genuinamente as necessidades e expectativas dos trabalhadores, considerando a inflação e as condições atuais de vida”, declarou Marco Antônio, presidente do Sindael.

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