❌Sanepar descarta novas contratações e fará remanejamento de empregados para agências.
Aconteceu na tarde de hoje reunião entre os Sindicatos Majoritários e a Sanepar para tentar chegar a uma solução que coloque fim ao caos que está hoje nas agencias de atendimento da Companhia.
Segundo a Sanepar houve este excesso de atendimento pois a Companhia voltou a realizar ações de cobrança e corte de abastecimento de água que estava paralisada há três anos.
Ainda segundo a Companhia, o comportamento do cidadão paranaense em deixar acumular faturas de águas, obrigou a drástica medida da Companhia a cortar tal serviço.
Este volume alto de atendimentos somou-se a questões diárias como vazamentos, mudanças de titularidade e ainda, os problemas causados por empresas terceiras, com lançamento de leituras pela média. A Companhia esclareceu ainda que empresas terceirizadas de leitura que não prestaram um serviço adequado tiveram seus contratos suspensos.
Questionados pela falta de segurança que o trabalhador tem nas agências, a Sanepar informou que solicitou ajuda as guardas municipais e também ampliou contratos com as empresa de vigilância.
Para sanar o problema de falta de empregados, foi informado que a Sanepar irá fazer um remanejamento temporário de empregados, de acordo com a escolha do trabalhador. Segundo eles não será imposto.
Foi questionado ainda sobre a remuneração destes empregados, e foi garantido que cada um deles terá todas as despesas de hospedagens, alimentação e transporte custeados pela Sanepar, e ainda irão receber o adicional de atendimento.
Mas não é o que acontece, há relatos de trabalhadores que atuam em duas gerencias e não recebem este adicional.
Para Marco Santana, presidente do Sindael, “paira muitas dúvidas, mesmo sabendo do empenho da Sanepar para suprir a demanda da falta de empregados, esta medida do remanejamento não resolve a situação, é preciso contratar novos empregados”.
Ainda nas palavras de Marco, “nem quando era o período normal a área comercial dava conta, quanto mais neste momento de aumento de atendimento, e agora a Sanepar, que já possui pouca mão de obra, vai tirar o trabalhador de um setor e mover para outro, como vai ser isso ? Ele vai continuar a fazer o que fazia ou vai deixar acumular”.
Marco Santana criticou ainda que parte do aumento no atendimento é culpa da terceirização desenfreada que a Sanepar fez em setores como a leitura e as redes, e apontou que em Londrina as empresas prestam serviço de forma precária, “terceirizaram tudo, e contrataram empresas que prestam serviços de péssima qualidade, e isto recaiu sobre o trabalhador Sanepariano que é obrigado a atender a população, onde muitas vezes o cidadão já perdeu o controle emocional,” em outras palavras, “ a Sanepar está sangrando seus empregados, que já atuam no limite”.