Sanepar: Sindael cobra ações sobre perdas de água e impactos no PPR 2025
O Sindael, representado pelo presidente Marco Santana e pelo diretor Edson Vieira, reuniu-se no dia 19 de setembro com o gerente da GRLC, Victor Pereira, para tratar da grave situação do Índice de Perdas por Ligação (IPL).
Esse indicador, é usado para medir a quantidade de água que é produzida ou enviada, mas não é faturada — ou seja, que se perde antes de chegar ao cliente.
O IPL somado a outros oito, define o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR), que é direito conquistado dos trabalhadores.
Em 2024, o IPL não foi atingido, e os empregados foram diretamente prejudicados em seus rendimentos. Os sinais para 2025 apontam para uma repetição desse cenário, o que representa uma afronta à boa-fé, já que a causa do não atingimento não se deve à atuação dos trabalhadores.
O sindicato deixou claro que não aceitará que os empregados sejam penalizados por falhas estruturais e decisões de gestão da Sanepar.
O IPL não depende da conduta direta dos trabalhadores, mas sim da efetividade de políticas de manutenção, combate a vazamentos e substituição de hidrômetros e redes, atividades que estão, em grande parte, sob responsabilidade de empresas terceirizadas contratadas pela companhia.
Além disso, a Sindael ressalta que a região de Londrina é historicamente a que menos recebe investimentos e manutenção, o que agrava ainda mais a situação e torna ainda mais injusta a penalização de trabalhadores pelo não cumprimento de metas que dependem de fatores externos e da gestão central da empresa. O sindicato destacou que o problema é estrutural e precisa ser solucionado pela própria Sanepar, considerando fatores como:
- deficiências nas empresas terceirizadas responsáveis por serviços de manutenção;
- falta de mão de obra suficiente para atender à demanda;
- ausência de investimentos adequados em renovação de redes e equipamentos;
- demora na destinação de recursos para a região de Londrina, historicamente a que menos recebe aportes.
Durante a reunião, a própria gerência reconheceu que:
- em 2024, as perdas se agravaram devido a obras de substituição de redes que se prolongaram por todo o ano;
- há grande volume de vazamentos em ramais, cuja correção depende de terceirizadas que ainda não atendem a contento;
- está em andamento a substituição de 20 mil hidrômetros, realizada de forma conjunta entre empregados da Sanepar e empresas contratadas.
O Sindael enfatiza que os trabalhadores não podem ser responsabilizados por fatores alheios à sua atuação e segue buscando reunião com a Sanepar para que o problema seja efetivamente resolvido.
Segundo Marco Santana, presidente do sindicato, “temos que chegar a uma solução que resolva estas falhas, principalmente, a falta de investimentos e problemas com empresas terceirizadas, vamos dialogar com a Sanepar para resolver a situação o quanto antes.”
O Sindael continuará atuando com firmeza para garantir que nenhum trabalhador seja prejudicado.
A luta é para que o PPR reflita a realidade do trabalho.